As atividades de Psicomotricidade ainda fazem parte da rotina na Educação Infantil, apenas como forma de brincadeira, sem a intencionalidade e o conhecimento da quão complexas são essas atividades. Mas a escola de Educação Infantil não é apenas um local onde as crianças terão seus cuidados como higiene e alimentação para que os pais possam trabalhar. Estudos mostram que as crianças, cada vez mais cedo precisam de estímulos para seu desenvolvimento, tornando a escola um espaço inclusivo.
Assim, entra em foco o trabalho com a Psicomotricidade e de acordo com a Associação Brasileira de Psicomotricidade: “a Psicomotricidade é a ciência que tem como objetivo de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu mundo interior e exterior. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas”.
A Psicomotricidade, assim, foi evoluindo ao longo do tempo; iniciou como estudo do desenvolvimento motor, posteriormente sobre a relação entre o atraso no desenvolvimento motor e o atraso intelectual da criança, mais tarde o desenvolvimento da habilidade manual e aptidões de acordo com a idade, para mais tarde e atualmente, estudar as ligações com lateralidade, estruturação espacial, orientação temporal e as relações das dificuldades de aprendizagens escolares.
Os jogos, integrantes da Psicomotricidade, nos mostram sua função de maneira extremamente variada, com todas as possibilidades da criança: força muscular, flexibilidade das articulações, resistência, equilíbrio, respiração, precisão e resposta ao gesto, habilidade, rapidez de execução, agilidade, prontidão de respostas, reflexo, espairecimento, entre outras. (Jacquin, 1963). Através dos jogos e brincadeiras, a criança inicia a sua integração social, aprende a conviver com os outros, aceitar suas frustrações, desejos, respeitar o outro, a situar-se no mundo que a cerca e se reconhecendo parte desse mundo.
O aluno de Inclusão, independentemente de sua dificuldade, precisa primeiramente se sentir aceito e incluso pelo grupo no qual está inserido, no qual o respeito as suas dificuldades possam deixá-lo seguro, motivado e feliz em poder aprender. Pode parecer simples, mas o aluno de inclusão precisa de um acompanhamento correto para que se alcance o resultado desejado. Precisa de um profissional que tenha total compreensão das dificuldades apresentadas, suas condições e limitações, e que esteja disposto em ajudá-lo, pois cada criança tem uma demanda e jamais podemos generalizar, tendo a necessidade de estar sempre estudando e pesquisando sobre os transtornos e buscando novas estratégias.
Fica a dica: educadores e pais de alunos, todos devem investir nas atividades com jogos, brincadeiras e movimento que em muito ajudarão no desenvolvimento global de nossas crianças.